Fico indignada com feminismo barato. Não sou puritana, mas não aguento esse feminismo de hoje em dia, em que uma mulher, para ser liberada, tem que dormir com o máximo possível de homens, mostrar o corpo em revista masculina, ser uma senhora sessentona e sair com um meninão de 25, acusar algum incauto com quem teve a infelicidade de gerar um filho ( coitada da criança) e força-lo a pagar uma pensão -uma obrigação acima de tudo moral, diga-se de passagem. Será que envelheci, perdi o bonde do tempo e não me disseram?
Foi o caso de uma senhora - me recuso a dizer o nome - com ex-presidente FHC. Ela afirmou que ele era o pai do seu filho, hoje um rapaz com mais de dezoito anos de idade. Dizem até que a tiraram do país para encobrir o fato e até como forma de respeito e proteção à Dona Ruth Cardoso. O ex-presidente foi homem suficiente para assumir seu suposto filho com a jornalista. Dizem ter dado apoio financeiro e emocional à criança. Vi inúmeras feministas criticando o ex-presidente. Vociferavam. Esbravejavam. Até que foi descoberto, através de um exame de DNA, exigido pelos filhos do ex-presidente, que o rapaz não é filho dele. Cheguei dia desses a desligar o rádio indignada, pois, num programa matinal de domingo, um grupo de feministas elogiava a hombridade do ex-presidente, que dizia que, mesmo o rapaz não sendo seu filho, continuaria a apoiá-lo e a dar suporte financeiro e emocional. Mas nenhuma delas se dignou a falar da mulher. Esta foi colocada num pedestal. Mas ela podia mentir e enganar: afinal é uma mulher!
Ora. Uma mulher que dorme com um homem ou mais de um – e não estou fazendo aqui juízo de valor - sabe quem é o pai do seu filho. Ninguém, nenhuma das mulheres se dignou a dizer que ela enganou o ex-presidente e também seu filho. Senti-me envergonhada por ser mulher. Que corporativismo do mal é esse? Já tivemos ministra que se envolveu em corrupção e quando demitida, alegou que era perseguição por ser mulher. Ser mulher dá a alguém o direito de ser imoral e se vender por qualquer vintém? Nunca fui feminista por esse motivo: acredito no que é certo. Acredito na meritocracia. Não tenho também pretensão de ser santa. Sei que erro, mas acredito em conquistas através do que é certo. Não quero ganhar nada por ser mulher e nem passando ninguém para trás. Acredito no que é correto. É o que ensino aos meus filhos. É o que espero que eles aprendam. É por isso que dou o exemplo.
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