Quem se incomoda com liberdade, por favor, não entre, nem leia. Quem não tem respeito pelos outros, não perca seu tempo comigo. Quem não tem maturidade para respeitar uma opinião diferente da sua, faça um favor a sim mesmo: não desperdice seu tempo. Comentários grosseiros ( críticas serão muitíssimo benvindas) não serão aceitos. Como disse minha musa Cris Guerra: educação e respeito vêm do berço e são clássicos, nunca saem de moda.
terça-feira, 29 de julho de 2014
Amor pelos livros
Amo ler. Talvez pela limitação do mundo real. Talvez para fugir da realidade. Talvez por tantos outros motivos. Mas o fato é que amo ler. Amo Rubem Alves - muito antes de sua morte tão triste e tão recente -, amo Machado de Assis - meu companheiro de adolescência solitária. Amo as letras tanto que fiz o curso de Letras por acreditar nelas. Mas a verdade é que quem realmente me ensinou a ter amor pelas histórias foi meu pai. Um homem que estudou somente até a quarta série, naquelas escolas rurais tão precárias. Ele, à noite, após o jantar e o dever, lia para mim histórias de um único livro: a história do compadre Tatu e da Comadre Formiga. Era um livro da receita federal, ensinava as pessoas a importância de pagar impostos. E meu pai, com toda sua simplicidade, usava aquele livro para contar hist´rias para sua filha á noite, antes de dormir. Não podia comprar um livro de história. Mas na minha cabeça, aquela era a história mais linda que a da Branca de neve ou de Cinderela. Não tinha quase enredo, não tinha ápice, nem quase desfecho. Mas meu pai entonava as vozes e interpretava com maestria e minha cabeça infantil sonhava...Outras vezes ele inventava histórias da sua cabeça e cada dia a mesma história tinha finais diferentes...Esse foi o homem que me ensinou a ter amor pelas letras, pela imaginação. Hoje olho para ele grata e fico imaginando o que se passava naquela cabecinha hoje branca. Um homem rude, mas que sabia amar. Olho os meus filhos cansada, após um dia de serviço, quando eles pedem atenção, e fico com pena de dizer não, quando penso que meu pai não dizia não. Amo ler. E o culpado é meu pai. Seu Zezinho: eu te amo. Por essas e por outras razões mais.
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