Quem se incomoda com liberdade, por favor, não entre, nem leia. Quem não tem respeito pelos outros, não perca seu tempo comigo. Quem não tem maturidade para respeitar uma opinião diferente da sua, faça um favor a sim mesmo: não desperdice seu tempo. Comentários grosseiros ( críticas serão muitíssimo benvindas) não serão aceitos. Como disse minha musa Cris Guerra: educação e respeito vêm do berço e são clássicos, nunca saem de moda.
segunda-feira, 28 de julho de 2014
Rubem Alves
Dia 19 de julho faleceu meu escritor favorito. Eu tinha orgulho ao ler seus livros e pensar que aquela pessoa, com quem eu compartilhava tantas ideias, estava vivo andando por aí. Como eu. Sofri como se fosse alguém da minha família. Eu tinha um imenso carinho por ele. Ele disse muitas coisas que eu gostaria de ter dito. Além do mais, ele era velhinho como meu pai, a quem tanto amo.
No país da bunda, Rubem Alves pregava a educação, e no entanto, nunca o vi criticando nada disso. Mas ele apenas pregava isso: a cultura. Será que por isso foi lembrado algumas vezes como autor de "auto-ajuda"? Ele era um maravilhoso cronista do cotidiano. Escrevia sobre a alma. Escrevia sobre o coração. Sentimentos. Dor. Sobre ver a beleza em qualquer tempo e lugar. Estou de luto. Meu coração está profundamente triste.
Ele deixou muitos órfãos. Constatei isso nas redes sociais. Cada um de nós, seus leitores, sentia-se íntimo dele. E cada um de nós sentiu essa perda muito profundamente.
Li uma passagem de um ex- pastor - a quem sempre respeitei - dizendo que ele era uma pessoa amarga...quem é essa pessoa para falar de Rubem Alves, se com ele também aprendi sobre a boa vontade de enxergar a doçura da vida? A doçura de ouvir a palavra guarda -comidas e isso desencadear sentimentos mais ocultos, a doçura de aprender a amar os ipês amarelos, a doçura de aprender a comer morangos mesmo estando à beira do precipício? Essa pessoa não conheceu Rubem Alves. Quem o leu conheceu sua obra. Quem o leu o conheceu intimamente.
Ele pediu que suas cinzas fossem jogadas aos pés de um ipê. Sua vontade foi atendida.
Descanse em paz, Maestro.
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