sábado, 20 de novembro de 2010

Pequena Miss Sunshine




Já viram esse filme? O título é esdrúxulo. As personagens mais ainda. Um menino maluco que não fala com ninguém, um pai perdedor que vende livro de auto-ajuda, um tio suicida, um avô doidão, uma garotinha gordinha. Mas o filme é uma lição sob vários ângulos.
Primeiro à nossa noção de estética. Com tantos personagens estranhos a primeira vista, mas não tão superficiais assim. A menininha quer ser miss, uma coisa que para mim é de muito mal gosto expor uma criança a tal stress e se eu tivesse uma filha, talvez (talvez hein?) não permitisse a ela tal exposição. E ela é gordinha, barrigudinha, fora dos padrões, usa óculos, cabelos lisos naturais num paraíso de artificialidade. E ela é a coisa mais fofa do mundo com sua pureza e simplicidade. Muito linda mesmo, no meio de todas aquelas meninas de, sei lá, oito anos de idade, carregadas de maquiagem e salto alto. Se eu fosse jurada, ela teria ganhado o título.

Segundo ponto interessante no filme é sua família "maluca".Todos embarcam na Kombi para irem atrás do sonho de Olive ( a garotinha). Todos vivendo dilemas - a mãe, sempre, o pilar da família - e, quando a garotinha, do alto de sua inocência comete um erro por pura e absoluta inocência, todos da família, a começar pelo seu pai, sobem no palco ( seria uma metáfora para a vida?!) e mostram a ela que estão ao seu lado, não importa o que os outros pensem dela, não importa que ela esteja errada. Todos começam a dançar junto com ela a sua dança no mínimo maluca. Mas todos dançam. Isso para mim é família, esteja certo ou errado, todos sobem no palco e dançam com você.

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