Gosto muito do que Ivan Martins (Época) escreve. Esta semana ele escreveu sobre a ilusão do cinema e como ele traz a nossa vida coisas que no mundo real só aparecem de vez em quando, quando aparecem. Isso é uma verdade: o mocinho é sempre lindo, as mocinhas: Jessica Biel, Jessica Alba (ai que ódio) todas magras e lindas - como isso causa frustração nas pessoas, e como é necessário manter os pés no chão, porque no mundo real, a Meg Ryan e Jéssica Alba também acordam com o rosto inchado, e precisando escovar os dentes (pelo menos eu acho) e todo mundo, todo mundo mesmo, tem problemas.
Lembrei-me de um artigo que li sobre tres irmãs, acho que na revista Claudia. Duas delas separadas tres vezes e uma delas casada há mais de trinta anos, que perguntada sobre o porque de os casamentos nao darem certo, respondeu que a culpa era de Hollywood. Acho que ela tem toda razão. Os corpos são perfeitos e desfilam diante da gente o tempo todo, relacionamentos são efêmeros . Até a minha musa-mor, a gordinha Bridget Jones, que tentou quebrar esse paradigma, teve o "terrível" dilema de se ver obrigada a escolher entre o Hugh Grant (que maravilha) e Colin Firth ( que perfeição, Deus meu)- já vi esse filme um milhão de vezes: morro de rir todas as vezes e me derreto todas as vezes que Colin Firth aparece na tela.
Adoro uma boa dose de ilusão porque relaxa. Descansa a mente. Faz esquecer o cotidiano. E como fica quando acordamos, na vida real, com empregada que não dá certo, babá que falta e você não tem com quem deixar seu filho, o pneu do carro fura, quando depois de duas gestações o seu peso não volta ao normal, o seu salário acabou e o mês ainda continua, seu marido não te manda flores. E você não é a princesa encantada dele também. Afinal, não são só eles os imperfeitos. Nós também somos e Deus sabe lá o que eles pensam a nosso respeito. É por isso que nao podemos mesmo tomar essas fantasias como parâmetro para nossas vidas.
Deixemos as fantasias apenas para os momentos de descontração, porque na vida real é muito diferente. Só mesmo a Paris Hilton (eca!!) que já nasceu rica, linda e loura ( isso é uma verdade) vive numa eterna festa - isso para quem olha de fora né! É por isso que temos que tomar as rédeas das nossas vidas e viver com a cabecinha nas nuvens mas os pés no chão o máximo possível e não ficar esperando o príncipe encantado aparecer. Muitas vezes (99,9%) ele não vem mesmo. E só nos resta, princesas que somos, pegar nossas bolsinhas e ir á luta. E nós vamos!!Azar do príncipe. Ele nao sabe o que perdeu.
Quem se incomoda com liberdade, por favor, não entre, nem leia. Quem não tem respeito pelos outros, não perca seu tempo comigo. Quem não tem maturidade para respeitar uma opinião diferente da sua, faça um favor a sim mesmo: não desperdice seu tempo. Comentários grosseiros ( críticas serão muitíssimo benvindas) não serão aceitos. Como disse minha musa Cris Guerra: educação e respeito vêm do berço e são clássicos, nunca saem de moda.
Deu um up no visu do blog e super valorizei! achei ryco e de bom gosto extremo...
ResponderExcluirMas vamos ao post...
Estou encantada com seu texto...
Inclusive, meu projeto de conclusão do curso (aiii q meda!rs) vai falar sobre essa representação Hollywodiana do feminino, uma exibição de perfeições infindáveis... E isto cria uma alienação fantástica, inclusive, quando há quebra de paradigmas, como a tendência de modelos gordinhas, gera-se um burburinho e uma polêmica infindávei!!!
Somos fruto da sociedade da contemplação passiva, mas, como você encerrou seu texto, aproveito para citar Chaplin (o gênio!!!) "Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar
a vida com paixão, perder
com classe e vencer com ousadia,
pois o triunfo pertence a quem se atreve...
A vida é muita para ser
insignificante."
Ansiosa por novos posts!
Passa no meu depois também...
http://apenasumfolego.blogspot.com
Adorei a citação do Chaplin. Só ele mesmo para perder com classe... beijo. Linda!
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