sábado, 25 de setembro de 2010

A culpa é de Hollywood

Gosto muito do que Ivan Martins (Época) escreve. Esta semana ele escreveu sobre a ilusão do cinema e como ele traz a nossa vida coisas que no mundo real só aparecem de vez em quando, quando aparecem. Isso é uma verdade: o mocinho é sempre lindo, as mocinhas: Jessica Biel, Jessica Alba (ai que ódio) todas magras e lindas - como isso causa frustração nas pessoas, e como é necessário manter os pés no chão, porque no mundo real, a Meg Ryan e Jéssica Alba também acordam com o rosto inchado, e precisando escovar os dentes (pelo menos eu acho) e todo mundo, todo mundo mesmo, tem problemas.
Lembrei-me de um artigo que li sobre tres irmãs, acho que na revista Claudia. Duas delas separadas tres vezes e uma delas casada há mais de trinta anos, que perguntada sobre o porque de os casamentos nao darem certo, respondeu que a culpa era de Hollywood. Acho que ela tem toda razão. Os corpos são perfeitos e desfilam diante da gente o tempo todo, relacionamentos são efêmeros . Até a minha musa-mor, a gordinha Bridget Jones, que tentou quebrar esse paradigma, teve o "terrível" dilema de se ver obrigada a escolher entre o Hugh Grant (que maravilha) e Colin Firth ( que perfeição, Deus meu)- já vi esse filme um milhão de vezes: morro de rir todas as vezes e me derreto todas as vezes que Colin Firth aparece na tela.
Adoro uma boa dose de ilusão porque relaxa. Descansa a mente. Faz esquecer o cotidiano. E como fica quando acordamos, na vida real, com empregada que não dá certo, babá que falta e você não tem com quem deixar seu filho, o pneu do carro fura, quando depois de duas gestações o seu peso não volta ao normal, o seu salário acabou e o mês ainda continua, seu marido não te manda flores. E você não é a princesa encantada dele também. Afinal, não são só eles os imperfeitos. Nós também somos e Deus sabe lá o que eles pensam a nosso respeito. É por isso que nao podemos mesmo tomar essas fantasias como parâmetro para nossas vidas.
Deixemos as fantasias apenas para os momentos de descontração, porque na vida real é muito diferente. Só mesmo a Paris Hilton (eca!!) que já nasceu rica, linda e loura ( isso é uma verdade) vive numa eterna festa - isso para quem olha de fora né! É por isso que temos que tomar as rédeas das nossas vidas e viver com a cabecinha nas nuvens mas os pés no chão o máximo possível e não ficar esperando o príncipe encantado aparecer. Muitas vezes (99,9%) ele não vem mesmo. E só nos resta, princesas que somos, pegar nossas bolsinhas e ir á luta. E nós vamos!!Azar do príncipe. Ele nao sabe o que perdeu.

2 comentários:

  1. Deu um up no visu do blog e super valorizei! achei ryco e de bom gosto extremo...
    Mas vamos ao post...
    Estou encantada com seu texto...
    Inclusive, meu projeto de conclusão do curso (aiii q meda!rs) vai falar sobre essa representação Hollywodiana do feminino, uma exibição de perfeições infindáveis... E isto cria uma alienação fantástica, inclusive, quando há quebra de paradigmas, como a tendência de modelos gordinhas, gera-se um burburinho e uma polêmica infindávei!!!
    Somos fruto da sociedade da contemplação passiva, mas, como você encerrou seu texto, aproveito para citar Chaplin (o gênio!!!) "Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar
    a vida com paixão, perder
    com classe e vencer com ousadia,
    pois o triunfo pertence a quem se atreve...
    A vida é muita para ser
    insignificante."

    Ansiosa por novos posts!
    Passa no meu depois também...

    http://apenasumfolego.blogspot.com

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  2. Adorei a citação do Chaplin. Só ele mesmo para perder com classe... beijo. Linda!

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